“E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida…”
João Cabral de Melo Neto
O Setembro Amarelo é uma campanha nacional de prevenção ao suicídio. Criada no Brasil em 2014, a campanha busca falar do suicídio como um problema de saúde pública, desmistificando os tabus envolvidos nessa temática e ampliando o diálogo para toda a sociedade sobre esse fenômeno.
Para tanto, entende-se que os campos da saúde e da saúde mental são indissociáveis. Logo, não será possível pensar a promoção de saúde, tomando o eixo da saúde mental como uma área distinta e separada. Com efeito, a efetividade da promoção de saúde deve dialogar diretamente com as políticas de educação, de cultura, de habitação, de esporte, de assistência, entre outras.
É nessa complexidade que a Universidade, tão importante para o desenvolvimento político, econômico e social de um país, também pode ser entendida como um espaço para a promoção de saúde. Entretanto, ao mesmo tempo em que pode ser um espaço para a promoção de saúde, por ser um fator de proteção social e permitir a formação de vínculos entre os pares, também pode ser um fator de um risco à saúde, por ampliar demandas de produtividade e competitividade, intensificando a sensação de cansaço e de frustração entre os estudantes e profissionais que atuam na mesma.
Pensando nisso, as psicólogas e os psicólogos da Assistência Estudantil de todos os Campi do interior da UFC (Russas, Quixadá, Sobral e Crateús) resolveram realizar a campanha do Setembro Amarelo de forma unificada e lançando foco para a relação entre vida acadêmica e saúde mental. Fazendo alusão a esses espaços que a UFC ocupa e às singularidades desses territórios, que têm demandas específicas decorrentes do processo de expansão universitária, a campanha será intitulada Setembro Amarelo: “Sertões e Vales na Universidade”.
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